quarta-feira, 22 de junho de 2016

Diálogos de Platão para serem anexados ao Três P: Platão Para Principiantes. Parte I


Fédon, em grego: Φαίδων, transl. Phaídon) é um dos grandes diálogos de Platão de seu período médio, juntamente com A República e O Banquete.
O diálogo é contado a partir da perspectiva de um dos alunos de Sócrates, Fédon de Elis.
Fédon relata o diálogo de Socrates, no dia em que bebeu cicuta e morreu em Atenas, no ano 399 a.C., para Equécrates, um filósofo de Pitágoras.
A abra Fédon é o quarto e último diálogo de Platão a detalhar os últimos dias do filósofo depois das obras Eutífron, Apologia de Sócrates e Críton.
O tema da obra Fédon é a Imortalidade da Alma (. Ao envolver-se na dialética com um grupo de amigos de Sócrates, incluindo os tebanos Cebes e Símias, Sócrates explora vários argumentos a favor da imortalidade da alma, a fim de mostrar que existe vida após a morte e que a alma vai existir depois dela).
Conforme já citei em Três P, Platão Para Principiantes, Platão teve grande influência do Orfismo, em grego antigo: ρφικά, o conjunto de crenças e práticas religiosas, que considerava “ as almas humanas como divinas e imortais, mas condenadas a viver (por um período) em um círculo penoso de sucessivas encarnações”, e em Fédon essa “influencia” fica claríssima, pois “Platão faz o primeiro postulado acerca da alma”.
Lembremos que no Orfismo havia a crença de uma punição pós-morte por certas transgressões cometidas durante a vida, o que para nos cristão é importante.
Platão não estava no “cerimonia” de Morte de Sócrates, o por isso os estudiosos consideram que ele apenas usou a imagem do mestre para "divulgar" seu próprio projeto filosófico.
Fédon conta que ele e Apolodoro, Critobulo e seu pai, Hermógenes, Epígenes, Ésquines, Antístenes, Ctesipo de Peânia, Menexeno, Símias o Tebano, Cebes, Fedondes, Euclides, Críton, Terpsião, entre outros, ficaram lá para testemunhar a morte de Sócrates.
O Fédon, uma obra tardia, da maturidade de Platão, foi traduzida pela primeira vez do grego para latim por Henry Aristippus em 1155.

Crátilo, do grego antigo Κρατύλος, Kratulos, a primeira obra filosófica que trata da etimologia e da linguística.
Nesse dialogo vamos encontrara o velho “ Sócrates sendo questionado por dois homens, Crátilo e Hermógenes, sobre se os nomes são "convencionais" ou "naturais", isto é, se a linguagem é um sistema de símbolos arbitrários ou se as palavras possuem uma relação intrínseca com as coisas que elas significam”.

É uma obra do período intermediário de Platão 

Continua ....



sábado, 18 de junho de 2016

Como podemos conciliar a Ética, a Moral e a Fé cristã?



A-   Ética - A palavra vem do grego ethos e significa aquilo que pertence ao "bom costume", "costume superior", ou "portador de caráter".
Princípios universais, ações que acreditamos e não mudam independentemente do lugar onde estamos.
Diferencia-se da “ MORAL”, pois, enquanto está se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela RAZÃO.
Substantivo feminino
1 - Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.
2. – Por extensão: conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Significado de Ética - http://www.dicio.com.br/etica/
s.f. Segmento da filosofia que se dedica à análise das razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta seus valores morais.
P.ext. Reunião das normas de valor moral presentes numa pessoa, sociedade ou grupo social: ética parlamentar; ética médica.
(Etimologia: do latim: ethica/ pelo grego: éthikós)
B-   Moral – A palavra deriva do latim mores, "relativo aos costumes". "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada", ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Adjetivo de dois gêneros
1 - Concernente a ou próprio da moral.
2 - Pertencente ao domínio do espírito do homem.
Significado de Moral - http://www.dicio.com.br/moral/
s.f. Preceitos e regras que governam as ações dos indivíduos, segundo a justiça e a equidade natural; as leis da honestidade e do pudor; a moralidade.
Informal. Qualidade do que se impõe, que influência ou exerce certa soberania sobre outrem: o jogador tinha moral com o restante do time.
Filosofia. A parte da filosofia que trata dos costumes, dos deveres e do modo de proceder dos homens nas relações com seus semelhantes.
adj. Que está de acordo com os bons costumes; que explica, disciplina, ensina.
Que é próprio para favorecer os bons costumes.
Refere-se às regras de conduta; relativo ao âmbito do espírito humano.
Que significa um comportamento delimitado por regras fixadas por um grupo social específico.
Relativo ao espírito intelectual em oposição ao físico, ao material.
s.m. Estado de espírito; disposição de ânimo.
(Etimologia: do latim: moralis)
C-   Fé – A palavra vem do Latim fide. É a adesão de forma incondicional a uma hipótese que a pessoa passa a considerar como sendo uma verdade sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que se deposita nesta ideia ou fonte de transmissão.
Substantivo feminino
1 – Religião: no catolicismo, a primeira das três virtudes teologais.
2 - Sistema de crenças religiosas; religião. Exemplo: "fé cristã"
Significado de Fé
s.f. Crença; convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade.
Religião; maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas, como vemos na Carta aos Hebreus, Capítulo 11, versículo 1: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. (Bíblia versão João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada).
Crédito; excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé.
Catolicismo. A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Afirmação; comprovação de uma situação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
Jurídico. Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
(Etimologia: do latim: fides)
Como podemos então conciliar a Ética, fatos gerados pela Razão, pela racionalização fria e calculista, com a Fé Cristã, que não é racional, que é baseada na esperança de coisas e fatos que não se veem, mas que o fiel, ou fieis, acredita que se consolidarão, se materializarão, que ganharão vida, em uma atitude que para a maioria das criaturas é irracional?
Como podemos então conciliar a Moral, costume que muitas vezes não são cristãos, mas são bons para as criaturas, com a Fé Cristã que tem regras fixas de conduta, todas baseadas em preceitos bíblicos, não esquecendo que a Bíblia É a Palavra de Deus, explicitados nas Sagradas Escrituras?
Como podemos conciliar os três? 
Como podemos conciliar a Ética, a Moral e a Fé cristã?

É a pergunta que faço, e a qual buscarei incessantemente a resposta? 

Jorge Eduardo Garcia


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Palavras Finais

Para terminar lembrando que esse trabalho é para dar conhecimento aos principiantes sobre Platão, que junto com Sócrates e Aristóteles forma o Trio dos antigos filósofos gregos “ tidos como responsáveis pelas bases da filosofia ocidental”, transcrevo alguns dados biográficos:
“ A data exata do nascimento de Platão não é conhecida, mas estima-se que ele nasceu entre 428 e 427 a.C.., e de acordo Neantes de Cizicus, ele morreu aos 84 anos”.
Pouco se sabe sobre a juventude de Platão, somente que pertencia a uma das famílias mais ricas e politicamente ativas de Atenas.
Platão é descrito como um rapaz brilhante que se sobressaiu em seus estudos, estudos esses que seu pai providenciou para dar a seu filho uma boa educação, daí se acredita que ele tenha sido instruído em gramática, música, ginástica e filosofia pelos mais distintos mestres do seu tempo.
Lúcio Apuleio, em latim: Lucius Apuleius, escritor e filósofo médio platônico romano, nascido em Madaura, na atual Argélia, em 125 d. C., e falecido em Cartago no ano de 170 d.C., portanto no século II de nossa era, afirmou que Platão era admirado pela velocidade de seu e por sua modéstia como um rapaz a quem "os primeiros frutos da juventude trouxeram o trabalho árduo e o amor pelos estudos".
“Posteriormente o próprio Platão caracterizou como presentes da natureza a facilidade para aprender, a memória, a sagacidade, a velocidade de apreensão e seu corolário, o espírito jovem e magnanimidade de alma” – em  Platon de Ulrich von Wilamowitz-Moellendorff. (Enno Friedrich Wichard Ulrich von Wilamowitz-Moellendorff (Markowice, na Cujávia, Província de Posen em 22 de dezembro de 1848 - Berlim, 25 de setembro de 1931) foi um filólogo clássico alemão)
E é com modéstia que eu apresento esse singelo e despretensioso trabalho.

São Paulo 17 de junho de 2016.
Jorge Eduardo de Almeida Fontes Garcia


O Banquete

O Banquete, também conhecido como Simpósio (em grego antigo: Συμπόσιον, transl. Sympósion) é um diálogo platônico escrito por volta de 380 a.C.. Constitui-se basicamente de uma série de discursos sobre a natureza e as qualidades do amor (eros). O Banquete é, juntamente com o Fedro, um dos dois diálogos de Platão em que o tema principal é o amor. A interpretação de Leo Strauss e de Stanley Rosen destaca o aspecto tragicômico deste diálogo, que é, na verdade, a resposta de Platão às acusações da Cidade contra a filosofia.
Tò sumpósion, em grego, é em geral traduzido como O Banquete, mas, no sentido atual, equivaleria a uma festa mundana, em que quase sempre se bebe mais do que se come. Trata-se, pois, de um festim na casa de Agatão, poeta trágico ateniense. Sócrates é o mais importante dentre os homens presentes. Entre outros, também ali estão Aristodemo, amigo e discípulo de Sócrates; Fedro, o jovem retórico; Pausânias, amante de Agatão; o médico Erixamaque; Aristófanes, comediante que ridicularizava Sócrates, e o político Alcibíades.
O exagero cometido na festa do dia anterior, sobretudo o excesso de bebida, fatigara os convidados de Agatão. Pausânias propõe, então, que, em lugar de beber, ficassem ali a conversar, a discutir ou que cada um fizesse algo "diferente". A proposta de Pausânias é aceita por todos. Eriximaco sugere que fossem feitos elogios a Eros: os convidados deveriam fazer discursos para louvar o amor. Sócrates intervém, ponderando que, antes de falar sobre o bem que o amor causa e seus frutos, deveriam tratar de definir o que é o amor. Diz que, na sua juventude, fora iniciado na filosofia do amor por Diotima de Mantineia, que era uma sacerdotisa. Diotima lhe ensinou a genealogia do amor.
O primeiro a discursar sobre o assunto é Fedro, seguido por Pausânias, que afirma que há mais de um Eros, dividido entre bem e mal, real e divino. Após, segue Eriximaco: segundo ele, o amor não exerce influência apenas nas almas, mas dá, ainda, harmonia ao corpo.
O próximo a discursar é Aristófanes, que começa seu discurso advertindo que sua forma de discursar será diferente. Faz de imediato uma denúncia da insensibilidade dos homens para com o poder miraculoso de Eros, e sua consequente impiedade para com um deus tão amigo. Para conhecer esse poder, ele diz que é preciso antes conhecer a história da natureza humana e, dito isto, passa a narrar o mito da nossa unidade primitiva e posterior mutilação. Segundo Aristófanes, havia inicialmente três gêneros de seres humanos, que eram duplos de si mesmos: havia o gênero masculino masculino, o feminino feminino e o masculino feminino, o qual era chamado de andrógino. Nas palavras do poeta:
É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento.
Assim, aqueles que foram um corte do andrógino, sejam homens ou mulheres, procuram o seu contrário. Isto explica o amor heterossexual. E aquelas que foram o corte da mulher, o mesmo ocorrendo com aqueles que são o corte do masculino, procurarão se unir ao seu igual. Aqui Aristófanes apresenta uma explicação para o amor homossexual feminino e masculino. Quando estas metades se encontram, sentem as mais extraordinárias sensações, intimidade e amor, a ponto de não quererem mais se separar, e sentem-se a vontade de se "fundirem" novamente num só. Esse é o nosso desejo ao encontramos a nossa cara metade.
O amor para Aristófanes é, portanto, o desejo e a procura da metade perdida por causa da nossa injustiça contra os deuses. O último a elogiar o amor foi Agatão, o anfitrião do banquete. Ao contrário dos que o precederam, Agatão não se propõe enaltecer os benefícios que Eros faz ao homem, mas sim cantar o próprio deus e a sua essência, passando em seguida a descrever-lhe o dote. Após toda essa longa lista de virtudes atribuídas a Eros, nota-se o quanto o poeta se distancia de sua proposta inicial e de seu preceito metodológico.
Finalmente chega a hora de Sócrates discursar, e ele fala que, sendo o Amor, amor de algo, esse algo é por ele certamente desejado. Mas este objeto do amor só pode ser desejado quando lhe falta e não quando o possui, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais.
O que deseja, deseja aquilo de que é carente, sem o que não deseja, se não for carente.
Aqui, na fala de Sócrates, Platão coloca seu apontamento crucial sobre o conceito de amor, onde, o que se ama é somente aquilo que não se tem. E se alguém ama a si mesmo, ama o que não é. O objeto do amor sempre está ausente, mas sempre é solicitado. A verdade é algo que está sempre mais além: sempre que pensamos tê-la atingido, ela se nos escapa entre os dedos. Essa inquietação na origem de uma procura, visando uma paixão ou um saber, faz do amor um filósofo. Sendo o Amor, amor daquilo que falta, forçosamente não é belo nem bom, visto que necessariamente o Amor é amor do belo e do bom. Não temos como desejar aquilo que temos. No mesmo diálogo, Platão ainda fala sobre a origem de Eros (através do mito narrado por Diotima de Mantineia a Sócrates). Eros teria a natureza da falta justamente por ser filho de Recurso e Pobreza.
Platão deixa entrever em O Banquete, que Eros deve ser pensado em termos relacionais, não em termos absolutos. Não se deve compreender o amor como absoluto, mas como relativo, pois é amor de alguma coisa. O amor estabelece relação entre quem ama e aquele que é amado, assim como a opinião certa medeia a sabedoria e ignorância.
No texto, Platão retira de Eros (Amor) a condição de deus, e transforma-o em um selo, um intermediário entre os deuses e os mortais (o amor como ligação). Segundo relatos do texto de Platão e de alguns de seus companheiros, o amor é um dos maiores bens do homem (junto com o inteligência e a sabedoria); não é nem bom nem mal em si mesmo, como prática. No diálogo, existe também uma explicação e a naturalização do amor bissexual e do amor homossexual. Platão relaciona o amor com a verdade, pois quando se ama não é somente exercer o poder sobre alguém ou demonstrar força, mas trata-se de saber ser correspondido, ou seja, trata-se da verdade.
Colocadas A Republica e O Banquete vou citar obras platônicas:
Fédon
Crátilo
Teeteto
Sofista
Político
Filebo
Fedro
Alcibíades I †
Alcibíades II ¤
Hiparco¤
Amantes Rivais ¤
Teages ¤
Eutidemo
Górgias
Mênon
Menexêno
Clitofon †
Timeu
Crítias
Minos ¤
Leis
Epínomis ¤
Epístolas ‡
Apócrifos: Axíoco Definições Da Justiça Da Virtude Demódoco Sísifo Hálcion Eríxias
Nota:
¤ Não é da autoria de Platão segundo a maioria dos estudiosos † Não é geralmente aceito pelos estudiosos

‡ Somente trechos têm a autoria comprovada.

Orfismo, “ O Mundo das Ideias”, o “Mundo das Formas Puras”. A Republica

Sofreu Platão, também, influência do Orfismo, em grego antigo: ρφικά, o conjunto de crenças e práticas religiosas, associada com a literatura atribuída ao poeta mítico Orfeu, que desceu ao Hades e voltou.
O Orfismo diferia da religião grega popular das seguintes maneiras:
Caracterizava as almas humanas como divinas e imortais, mas condenadas a viver (por um período) em um círculo penoso de sucessivas encarnações através da metempsicose ou transmigração de almas;
Prescrevia uma forma ascética de vida, ou vida órfica, a qual, junto com ritos iniciáticos secretos, deveria garantir não apenas o desprendimento do tal círculo penoso mas também uma comunhão com deus (es);
Advertia sobre uma punição pós-morte por certas transgressões cometidas durante a vida;
Era fundamentada sobre escritos sagrados com relação à origem dos deuses e seres humano.

Mais vamos falar do “ O Mundo das Ideias”, o “Mundo das Formas Puras”.
1-    “O próprio conceito de ideia sofreu modificações ao longo da obra de Platão”.
2-    Em uma concepção mais socrática em que uma Idéia representasse o que há de comum em todas as coisas de uma determinada categoria, o Eidos acontece nas coisas e não se constitui um ente apartado: não subsiste de forma autônoma independente das coisas.
3-    Podemos ver isso nos diálogos de Platão até Menon, onde por influência notadamente socrática, a temática era ética e humanística.
4-    A concepção de que as coisas participam de um Eidos definido e independente, autônomo e transcendente que define e dá causalidade às coisas, tem sua forma delineada a partir de Fédon e na Politéia.

A Teoria das Formas em Platão tenta dar conta de problemas dos mais variados aspectos, a partir da concepção de um mundo suprassensível que dá causa e existência ao sensível.
As dimensões dessa teoria abarcam a questão do Conhecimento, da Psicologia, da Ética, da Política e da Estética.
- Conhecimento: O conhecimento do mundo sensível é o conhecimento dado pela experiência e constitui segundo Platão, o campo da doxa. O conhecimento do mundo intelectivo só pode ser alcançado fora da experiência, pela razão, e se constitui o verdadeiro conhecimento, chamado episteme. Entre um e outro não pode haver comunicação, são separados por naturezas distintas. No sensível só se pode haver opiniões sobre o que os sentidos nos informam, no intelectivo reside o conhecimento de fato, verdadeiro, pois tem acesso ao Mundo das Formas, das Ideias.
Platão, para exemplificar o método a ser empreendido para a busca desse conhecimento verdadeiro e como ele se dá a partir do intelecto humano, elabora duas alegorias em seu livro A República: da Linha Dividida e da Caverna.
Ainda na questão epistemológica de Platão, o que denota possibilidade de acesso do intelecto ao conhecimento das Ideias no suprassensível é sua Teoria das Reminiscências, onde a episteme se dá pela lembrança do que a Alma imortal viveu antes de se objetivar na corporeidade do mundo sensível. Segundo Mondin:
“Na economia geral do sistema de Platão, a doutrina da reminiscência exerce três funções muito importantes: fornece prova da preexistência, da espiritualidade e da imortalidade da alma; estabelece ponte entre a vida antecedente e a vida presente; dá valor ao conhecimento sensitivo, reconhecendo-lhe o mérito de despertar a recordação das Ideias.” (MONDIN 2007, p. 71)
- Psicologia: Em sua origem, o homem em Platão é essencialmente Alma e vivia no Mundo das Ideias. O corpo é a forma acidental de o homem existir no mundo sensível. No homem convivem três Almas, as quais Platão exemplifica na alegoria da Carruagem, onde a alma racional é o cocheiro, a alma irascível é um cavalo bom e belo e a alma concupiscível é um cavalo mau e feio. Um dá trabalho e é rebelde, outro é obediente ao cocheiro.
Três argumentos fundamentam em Platão a concepção de alma que ele nos legou: sua origem hiperurânia que lhe confere lembrança e conhecimento das Ideias (reminiscência); sua prevalência, devido à sua origem sobre o corpo; e sua imortalidade por sua participação na Ideia da Vida.
- Ética: A prática da virtude como orientação ética do homem em Platão é consequência lógica de sua visão metafísica e está em consonância não só com a óbvia influência socrática de seu pensamento, mas também atrelada de forma substancial com as dimensões órficas-pitagóricas de sua doutrina. O homem deve renunciar aos prazeres do corpo e às riquezas, buscando sempre a virtude maior que é o Bem através do conhecimento.
A dimensão política da metafísica platônica está reunida na República e suas análises estéticas. Embora essa dimensão permeie boa parte de suas obras, encontram-se em Fedro e em O Sofista as análises que mais se aproximam de seu pensamento original e consolidado.
“É mais feliz o justo no meio dos sofrimentos do que o injusto num mar de delícias. ”
Platão em A República

Fonte: http://filosofiageral.wikispaces.com/A+Metaf%C3%ADsica+de+Plat%C3%A3o


Já citei A Republica, obra que influenciou vários autores posteriores, dividida em:
I.1
327a-328b
Descida ao Pireu.
I.2-I.5
328b-331d
Céfalo. Justiça segundo os mais velhos.
I.6-I.9
331e-336a
Polemarco. Justiça segundo a meia idade.
I.10-I.24
336b-354c
Trasímaco. Justiça segundo os Sofistas.
Introdução
II.1 - II.10
357a-369b
Questão: a justiça é preferível à corrupção?
Parte I
O Paradigma da Cidade-Estado
1.II.11-II.16
369b-376e.
Origem da cidade
2.II.7-III.18
376e-412b.
Educação dos responsáveis
3.III.19-IV.5
412b-427c.
Constituição da Cidade-Estado
4.IV.6-IV.19
427c-445e.
Justiça na cidade
Parte II
A encarnação do Paradigma
5.V.1-V.16
449a-471c
Unidade somática da cidade e dos Gregos
6.V.17-VI.14
471c-502c
Governo dos filósofos
7.VI.15-VII.5
502c-521c
A ideia do Bem
8.VII.6-VII.18
521c-541b
Educação dos filósofos
Parte III
O Declínio da Cidade -Estado
9. VIII.1 -VIII.5
543a-550c
Timocracia
10. VIII.6 -VIII.9
550c-555b
Oligarquia
11. VIII.10-VIII.13
555b-562a
Demagogia
12. VIII.14-IX.3
562a-576b
Tirania
IX.4-IX.13
576b-592b.
Resposta. Justiça melhor que corrupção
Epílogo
X.1-X.8
595a-608b.
Rejeição da arte mimética
X.9-X.11
608b-612a
Imortalidade da alma
X.12
612a-613e
Recompensa dos Justos em vida
X.13-X.16
613e-631d
Julgamento dos mortos

Platão viajante

“ Platão vai além de Sócrates e, após a morte de seu mestre, sai de Atenas e empreende algumas viagens. Conhece na Sicília a filosofia pitagórica (com Arquitas de Tarento) e a Escola Eleática, tendo contato também com Dion, cunhado do tirano de Siracusa, Dionísio”.
Esse período é considerado como “ a ‘Independência de Platão’, onde o próprio Sócrates já deixa de ser personagem principal nos diálogos – EBTF
Platão desenvolve sua Teoria das Formas ou Teoria das Ideias.
“ Uma serie de conceitos filosóficos que assevera que a realidade mais fundamental é composta de ideias ou formas abstratas, mas substanciais. Para ele estas ideias ou formas são os únicos objetos passíveis de oferecer verdadeiro conhecimento. A teoria foi desenvolvida em vários de seus diálogos como uma tentativa de resolver o problema dos universais –  definido como conceitos sobre vários campos”.
“ O conceito grego de 'forma' precede a linguagem atestada e é representado por diversas palavras relacionadas principalmente com a visão ou a aparência das coisas. Os filósofos pré-socráticos, desde Tales, notaram que a aparência das coisas mudava e começaram a se perguntar o que a coisa que muda realmente é”.
Platão usa outras palavras para designar aquilo que é tradicionalmente chamado forma ou ideia: idéa, morphē, eîdos e parádeigma, além de génos, phýsis e ousía. Segundo a teoria platônica, as formas (ou ideias), que são abstratas, não materiais (mas substanciais), eternas e imutáveis, é que seriam dotadas do maior grau de realidade - e não o mundo material, mutável, conhecido por nós através das sensações. As formas ou essências das coisas seriam independentes dos objetos comuns - cujo ser e cujas propriedades participariam das essências, porém num grau inferior. Platão fala dessas entidades através dos personagens dos seus diálogos (sobretudo Sócrates), os quais algumas vezes sugerem que somente o estudo das formas poderia levar ao conhecimento verdadeiro. Platão também se refere às formas em A República, quando propõe uma possível solução para o problema dos universais.
As ideias ou formas residiriam no mundo inteligível, fora do tempo e do espaço - e não no mundo sensível ou material. Sua natureza seria perene e imutável. Os objetos do mundo comum organizam suas estruturas conformes a estas ideias ou formas primordiais, mas não são capazes de revelá-las em sua plenitude, sendo apenas cópias, imitações imperfeitas. Também os conceitos abstratos, tais como igualdade, diferença, movimento e repouso, eram considerados ideias ou formas. A formulação da teoria era intuitiva, e suas limitações foram analisadas pelo próprio Platão no diálogo Parmênides.
Platão define a natureza das ideias através de quatro propriedades: espiritualidade, realidade, imutabilidade e pureza. A espiritualidade é inteligível, ou seja, é invisível aos olhos humanos e apreendida pela razão. A realidade seria um método ilegível e errôneo. Para Platão, as ideias não são conceitos abstratos do espírito, nem pensamentos do Espírito divino, mas são realidades subsistentes e individuais, sendo objeto da contemplação científica e fonte das realidades da terra. A imutabilidade e a pureza são derivadas da realidade, mas a imutabilidade exclui toda mudança, já que as ideias são eternas. A pureza realiza a essência plenamente e sem mistura, de modo que cada ideia, na sua ordem, é perfeita.

Foi acima citado Parmênides de Eleia (em grego clássico: Παρμενίδης λεάτης, filosofo nascido por volta de 530 a.C. na colônia grega de Eleia (como o seu nome já diz) na costa sul da Magna Grécia, hoje Ascea, comuna italiana da região da Campania, província de Salerno.
Veio a falecer em sua cidade natal em 460 a.C., com 70 anos.
Visitou Sócrates em Atenas, e teve grande influência sobre Platão, tanto que este deu a um de seus diálogos o nome Parmênides.
Em Parmênides “ onde é apresentado eminentemente questões referentes à tese das formas inteligíveis, à ontologia platônica e ao Um (ou "Uno”. ”
“ Os personagens principais são Sócrates, Parmênides e Zenão de Eleia. Em um primeiro plano, outros personagens dramáticos estão presentes: Céfalo de Clazômenas (não é, portanto, o Céfalo do diálogo A República), Antifonte (irmão de Platão por parte de mãe), Adimanto e Gláucon (irmãos de Platão, também presentes no diálogo A República). Em um segundo plano estão: Aristóteles (um dos trinta tiranos que governaram Atenas após a Guerra do Peloponeso) e Pitodoro (filho de Isolocos) ”.
Não podemos esquecer que esse trabalho é para principiantes, por isso, não devemos nos estender muito sobre Parménides, o diálogo, já que ele é “considerado como um dos mais difíceis, se não um dos mais enigmáticos e desafiadores, diálogos de Platão, pois se presta a uma grande variedade de interpretações, as quais dependerão o sentido e o significado não só do diálogo, mas do conjunto da obra de Platão”.

Voltando a Parménides, ele foi o fundador da Escola Eleática ou ou Eleatismo, que é a doutrina da escola que floresceu em Eléia (Magna Grécia) entre os séculos VI e V a.C..

Metafisica

A Metafisica:
Metafísica é uma palavra com origem no grego e que significa "o que está para além da física". É uma doutrina que busca o conhecimento da essência das coisas.
O termo “metafísica” foi consagrado por Andrônico de Rodes a partir da ordenação dos livros aristotélicos referidos à ciência dos primeiros princípios e primeiras causas do ser.
Para Aristóteles a metafísica é, simultaneamente, ontologia, filosofia e teologia, na medida em que se ocupa do ser supremo dentro da hierarquia dos seres. Neste sentido, foi recolhida pela filosofia tradicional até Kant, que se interrogou sobre a possibilidade da metafísica como ciência.
A interpretação da metafísica como estudo do "sobrenatural" é de origem neoplatônica. A tradição escolástica identificou o objeto de estudo da metafísica com o da teologia, ainda que tenha distinguido as duas pelos métodos usados: para explicar Deus, a metafísica recorre à razão e a teologia à revelação.
Na Idade Moderna, ocorre uma clara separação entre a concepção aristotélica e a neoplatônica: a metafísica como ontologia se converte em teoria das categorias, teoria do conhecimento e teoria da ciência (epistemologia); como ciência do transcendental, se converte em teoria da religião e das concepções do mundo.
No século XVIII a metafísica era considerada equivalente a uma explicação racional da realidade e no século XIX à pura especulação perante o caráter positivo das ciências. A partir de Heidegger e Jaspers, os pensadores interessados na problemática do ser se esforçaram por elaborar uma noção de metafísica factível e atual.
A obra A Fundamentação da Metafísica dos Costumes, da autoria de Kant (um importante nome no estudo da metafísica) aborda a problemática da moralidade humana.
                         Fonte: http://www.significados.com.br/metafisica/

O professor Gilberto Miranda Junior em Filosofando na Penumbra
 (Sob os auspícios do Deus que Dança...) assim fala de “ Platão como Pioneiro da Metafísica”:
Sócrates, mentor, mestre e amigo de Platão tem influência determinante na forma de pensar de seu discípulo, culminando no desenrolar de toda sua filosofia a partir da perda inestimável que sofreu com sua condenação em Atenas no ano 399 a.C. Platão dedica-se então boa parte de sua energia a reproduzir os ensinamentos de Sócrates através de diálogos onde ele discute a natureza do homem e da sociedade, sua função, fundamento e seu papel no mundo.

Embora haja controvérsias entre estudiosos quanto a delimitar onde Platão descreve os ensinamentos de Sócrates de forma fiel e onde ele começa a elaborar sua própria forma de pensar, há de se julgar que houve um momento em que Platão (sem abandonar o que Sócrates lhe ensinou) amplia e estabelece um sistema próprio, elaborando a sua própria Filosofia. Platão estudou e acompanhou Sócrates por dez anos. Tinha vinte e oito anos quando este morreu e continuou escrevendo até os oitenta anos”.

“Platão se circunscreve como pioneiro da Metafísica, embora tenha sido Aristóteles a sistematizá-la como área específica na Filosofia e desenvolvido uma Metafísica própria, partindo, inclusive, do próprio Platão”.

“Na Teoria das Formas ou das Ideias, considerada como pensamento e elaboração própria de Platão (mesmo a partir dos ensinamentos de Sócrates), marca o início da Metafísica Clássica, onde procura estabelecer os critérios pelos quais as coisas podem ser consideradas válidas de fato; tendo como pano de fundo uma teoria sobre a natureza dos conceitos e das definições a serem obtido”.

“Diálogos Socráticos”.

Voltando ao período Socrático de Platão e consequentemente aos diálogos ou “Diálogos Socráticos”, que são:
Apologia ou Apologia de Sócrates, em grego antigo: πολογία Σωκράτους Apologia Sócrates, onde Platão dá a sua versão de um discurso de seu mestre realizado em torno de 399 a.C., onde Sócrates fundamentou que seus ensinamentos “ não corrompiam a juventude, não pregava um novo deus e não levava ninguém a não acreditar nos deuses”, e confirma sua “ plena noção de sua “douta-ignorância” (“Sei que nada sei”), e termina, indicando a necessidade de encerrar sua defesa: "Mas já é hora de nos retirarmos, eu, para morrer, e vós para viverdes. Entre vós e mim, quem está melhor? Isso é o que ninguém sabe, exceto Zeus". Nota: Condenado por 280 votos, contra 230, Sócrates bebeu a cicuta (Conium maculatum) e, diante dos amigos, aos 70 anos, morreu por envenenamento. 
Íon: tema “a poesia, tentando compreender se esta decorre da inspiração divina ou se é produto do conhecimento;
Hípias menor: tem como tema a ação correta;
Hípias maior: tema como tema a questão do belo;
Carmides: tem como escopo o tema da ética, mediante discussão do conceito de σωφροσύνη, isto é, sofrósina, um conceito grego que significa sanidade moral, autocontrole e moderação, guiados pelo autoconhecimento;
Laques (em grego: Λάχης): definições concorrentes sobre o conceito de coragem;
Lísis: conceito de phylia (amizade, amor). Os personagens são Sócrates, Hipotalés (admirador secreto de Lísis), Ctesipo, Menexeno e Lísis;
Protágoras: tem como tema a natureza da virtude, discutindo, basicamente, se a virtude é ou não ensinável.
República (em grego: Πολιτεία, transl. Politeía) : “um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C.. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O tema central da obra é a justiça. No decorrer da obra é imaginada uma república na cidade de Calípole, Kallipolis, que significa "cidade bela". O diálogo tem uma extensão considerável, articulada pelos tópicos do debate e por elementos dramáticos”.
Segundo EBTF desde período, Platão lançou mão de diálogos de Sócrates para compor dois diálogos relativo a Eutífron, pois, Sócrates conta que encontrou Eutífron no pórtico do Archon Basileus, local que abrigava o Judiciário, e que ele era vidente, mas que na ótica de Platão não era levado a sério.  Eutifron estava acusando o pai de assassinado, o que surpreendeu o velho filosofo, até porque “ ele defendia um conceito religioso tradicional, mas de maneira estranho, o que despertou a solidariedade de Sócrates”. 
Isso gerou o Dilema de Eutífron, apresentado por Platão no diálogo Eutífron, no qual Sócrates pergunta a Eutífron: "Então, a piedade (τ σιον) é amada pelos deuses, porque é piedade, ou é piedade, porque é amada pelos deuses?"
“ Usualmente o Dilema de Eutífron é gera o "A moral é comandada por Deus por ser moral ou é moral por ser comandada por Deus?" O dilema continuou a apresentar um problema para os teístas (do grego Théos, "Deus", é uma crença na existência de deuses, seja um ou mais de um, no caso de mais de um, pode existir um supremo) desde que Platão o colocou e ainda é objeto de debates teológicos e filosóficos.
Críton (em grego antigo: Κρίτων) (ou “Do dever”): “Dialogo entre Sócrates e seu amigo rico Críton em matéria de justiça (δικη), injustiça (αδικια), e a resposta apropriada a injustiça. Sócrates acha que a injustiça não pode ser respondida com a injustiça e se recusa a oferta de Críton de financiar sua fuga da prisão. Este diálogo contém uma declaração antiga da teoria do contrato social do governo”.
Durante o Período Socrático, Platão vez severas críticas aos Sofistas, já por mim citados.
Desde período se deduz que Platão era uma pessoa devota. 


Dialética

O primeiro estágio do platonismo compreende “ O Período Socrático”.
Sócrates influenciou por demais a seu pupilo Platão, principalmente no que tange as “ questões éticas”. 
São dessa época os diálogos, frutos do desenvolvimento da dialética, em grego dialektiké, criada por Sócrates, ou seja, “a arte do diálogo, de debater, a arte de persuadir e raciocinar”.
“ Desta forma a dialética ajudaria no objetivo principal da filosofia segundo Platão, que é atingir o verdadeiro conhecimento, assim Platão a definia como sendo um excelente método de aproximar as ideias singulares de um mundo plural e trazer movimento para a imobilidade, classificada por ele como a arte de questionar e responder”.
                         Fonte: https://www.significadosbr.com.br/dialetica
Destaco que m sua Dialética “Sócrates aplicava o conceito de dialética em duas fases, sendo a primeira delas a ironia, onde ele argumentava de forma irônica determinada ideia, expondo as suas falhas e na segunda fase chamada por ele de maiêutica atuava de forma a “parir” as ideias a partir dos conceitos iniciais gerados da ironia gerando um pensamento mais consistente na dialética”.
                         Fonte: https://www.significadosbr.com.br/dialetica
“ No campo da filosofia a dialética é muito dominante, sendo o método amplamente debatido por diversos filósofos ao longo da história como Aristóteles, Sócrates, Hegel, Platão, Marx, entre outros. Alguns deles classificavam a dialética como a filosofia em si, uma vez que ela gera discussão acerca de vários temas procurando diversas formas de debatê-lo. A dialética na filosofia pode ser definida como uma forma de alcançar respostas através da contraposição e ao mesmo tempo da reorganização das ideias”.
                        Fonte: https://www.significadosbr.com.br/dialetica
“ Foi por meio do filósofo Hegel que a dialética passou a ser mais conhecida, principalmente por seu método de aplicação da tese, antítese e síntese. Em sua dialética - Dialética Hegeliana - o filósofo Hegel classifica a dialética como um sistema filosófico onde a ideia tem movimento a ponto de se contrapor e em determinado momento voltar de forma mais elaborada ao ponto inicial. Segundo Hegel a história humana e a dialética têm muito em comum, uma vez que ela se compõe basicamente de três fases: TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE”
“A TESE seria a ideia apresentada, a ANTÍTESE seria o seu movimento na contraposição da ideia e a SÍNTESE seria o movimento de conclusão a partir das duas fases iniciais tornando a ideia mais consistente”.
                        Fonte: https://www.significadosbr.com.br/dialetica


Ideia, Sofismo ou sofista,

Terminei o capítulo anterior afirmando que o “Pitagorismo” influencio o “Platonismo”, e já que é assim vamos meditar um pouco sobre ele – o platonismo.

Ideia
Verbete “Ideia” da EBTF
-Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia de R.N. Chaplin, Ph.D., e de J. M. Bentes.
A raiz grega da palavra IDEIA é IDEEIN – ver – sendo sua forma nominal EIDOS.
Uma ideia é um conceito ou noção daquilo que foi visto, embora ideia não dependa exclusivamente dos nossos cinco sentidos,
Trata-se de um conceito ou formulação mental sobre algo e, com frequência, é a representação produzida pelo nosso processo pensante.
Portanto, trata-se de uma representação mental ou algo visualmente percebido ou mentalmente apreendido. Tanto pode fazer parte do processo pensante como ser a conclusão desse processo.
Na filosofia, o termo é usado em grande variedade de maneiras, incluindo a designação de entidades elevadas, não-materiais.
Abaixo damos exemplos de diversos usos da palavra:
3. Porém, Platão usava o termo ideia a fim de aludir a elevadas entidades ou arquétipos espirituais, não-materiais.
A ideia da bondade e da beleza tornaram-se o deus de Platão.
Quando usada desse modo, a ideia é sinônimo de forma ou de universal.
O céu concebido por Platão estaria repleto desses arquétipos universais ou ideias, enquanto que a criação física seria cópia dos mesmos.
Chaplin e Bentes citaram acima ‘universal’ e nos mandam ver o verbete “universais”.
Assim começa:
Universais como sinônimos, também, podemos usar os termos Ideias ou Formas.
 “ A palavra portuguesa “universais”, vem do latim “universalis,
pertinente a tudo”. EBTF
E Platão usava a palavra grega eidos, “ideia”, [já] Aristóteles preferia “katholikós”, “o todo”, termo grego correspondente ao latim “universalis”. EBTF
“O universal faz contrates com o particular”. EBTF
“A linguagem platônica (a linguagem de Platão), o universal é aquilo que pertence ao mundo transcendental, o mundo das ideias, formas ou realidades metafisicas, enquanto que os particulares são objetos deste mundo material”.
“ De acordo com seu ponto de vista (de Platão), os particulares foram criados pelo “demiurgo”, imitando os universais, ou então usando-o como padrões de sua criação material”. EBTF
A discussão sobre os universais sempre foi um dos principais problemas enfrentados pela filosofia”, ora, se assim é nesse trabalho que é para os principiantes que querem conhecer a Platão não vamos nos estender nele. 
Mais, vamos considerar que este “ideia” é o ponto de partida do Platonismo, à filosofia geral de Platão, “pois nele está explicitado a doutrina das Ideias, como o mais distintivo elemento dessa filosofia, embora, também, inclua qualquer elemento especifico de sua filosofia, ou sua filosofia emprestada a outrem”.  EBTF
“ O platonismo alicerça-se sobre a dialética de Sócrates, como método de inquirição (significado de Inquirição- s.f. Ação ou efeito de inquirir. Ação de averiguar de maneira minuciosa; pesquisar rigorosamente; indagação) ”. EBTF & http://www.dicio.com.br/
“ Sua principal característica [do platonismo] é que os objetos do pensamento (ideias, formas = noumena) são eternamente reais, em oposição aos objetos transitórios e relativamente irreais da percepção dos sentidos (phenómena) ”. EBTF
“ O homem pode obter conhecimento (epistemê) da Ideias, mas só pode atingir opiniões (doxa) acerca dos fenômenos”. EBTF
“O alvo da vida é o conhecimento da verdade e o controle dos indivíduos e da sociedade pela Razão, embora Platão, também, manifestasse pendores místicos, o platonismo tem exercido grande influência sobre o pensamento cristão”. EBTF

Um item importante antes de irmos para os estágios do platonismo ou da filosofia de Platão:
 Sofismo ou sofisma (esta segunda forma é a encontrada nos dicionários, incluídos os dicionários de filosofia) é uma palavra de origem grega -- sóphisma -- cujo significado é “fazer raciocínios capciosos”.
Sofismo é um raciocínio caviloso, capcioso, argumento ou união de argumentos que pretende conduzir a conclusões desagradáveis ou paradoxais; o sofismo é a retórica ou o pensamento de má-fé que procura induzir ao erro; é um argumento falacioso criado com a intenção de enganar; é o raciocínio que têm aparente sentido e/ou lógica; apenas aparência de verdade.
Uma definição paralela de sofismo é a ideia de unir premissas verdadeiras para alcançar uma conclusão ilógica ou irreal através da arte da retórica.
De acordo com o dicionário de filosofia, o uso da palavra sofismo é bastante vasto, indo desde os argumentos duplos até os paradoxos.             Na linguagem popular, o significado de sofismo é:
-Engano;
-Dolo;
-Logro.
Falácia e sofismo
A falácia é definida por Pedro Hispano como “a idoneidade fazendo crer que é aquilo que não é, mediante alguma visão fantástica” e “aparência sem existência”. Falácia e sofismo são palavras que podem ser usadas como sinônimas. Dentro da história da filosofia, porém, ambos os conceitos têm caminhos diferentes.
Sofismo e silogismo
Silogismo, em sua origem, tinha o significado de cálculo. Para Platão, silogismo era raciocínio em geral; para Aristóteles, o silogismo se referia a um raciocínio dedutivo perfeito. Neste sentido, silogismo e sofismo têm sentidos contrários.
Sofismo e sofística
De acordo com Aristóteles, sofística é a sabedoria que é apenas aparente, mas não real; é a habilidade de criar argumentos enganosos, capciosos. Já de acordo com Bréhier, a sofística é uma forma de ensinar e não tem sentido pejorativo.



Sofismo e sofista
A palavra sofista vem também do grego, mas em sua origem está o significado de “sabedoria” ou “sábio”, sem o sentido pejorativo.
A história dos sofistas é pouco conhecida, pois só se conhecem relatos escritos por seus inimigos. Segundo afirmam filósofos como Platão e Aristóteles, o sofista é um impostor, um demagogo. Porém, desde o final do século XIX, os historiadores têm considerado que os sofistas, na verdade, foram os fundadores da pedagogia, os mestres da arte da educação. Os sofistas se diferenciavam dos filósofos pois eram os responsáveis pela transmissão do conhecimento.
Portanto, os sofistas foram os primeiros professores pagos da história da educação; criaram inimizades com os aristocratas, que os acusavam de vender sua sophia (conhecimento) a qualquer um que pudesse pagar. O conhecimento “vendido” pelos sofistas era principalmente o da retórica; na Grécia antiga, não havia advogados; tanto a defesa quanto a acusação eram feitas pelos próprios cidadãos envolvidos; quando a arte da palavra passa a ser ensinada a qualquer pessoa que possa pagar, a aristocracia (que antes monopolizava o conhecimento da retórica) vê na figura do sofista um inimigo de seus interesses (vale lembrar que os filósofos, como Platão e Aristóteles, faziam parte da aristocracia ateniense).


Isso posto, continuemos...

O Platonismo

O Platonismo
“ O alvo da vida é o conhecimento da verdade e o controle dos indivíduos e da sociedade pela Razão”.






Teorema de Pitágoras


Teorema de Pitágoras

O teorema de Pitágoras é uma relação matemática entre os comprimentos dos lados de qualquer triângulo retângulo.[1] Na geometria euclidiana, o teorema afirma que:
Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos.
Por definição, a hipotenusa é o lado oposto ao ângulo reto, e os catetos são os dois lados que o formam. O enunciado anterior relaciona comprimentos, mas o teorema também pode ser enunciado como uma relação entre áreas:
Em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados cujos lados são os catetos.
Para ambos os enunciados, pode-se equacionar
c^2 = b^2 + a^2, {\displaystyle c^{2}=b^{2}+a^{2},}
Onde c representa o comprimento da hipotenusa, e a e b representam os comprimentos dos outros dois lados.
O teorema de Pitágoras leva o nome do matemático grego Pitágoras (570 a.C. – 495 a.C.), que tradicionalmente é creditado pela sua descoberta e demonstração, embora seja frequentemente argumentado que o conhecimento do teorema seja anterior a ele (há muitas evidências de que matemáticos babilônicos conheciam algoritmos para calcular os lados em casos específicos, mas não se sabe se conheciam um algoritmo tão geral quanto o teorema de Pitágoras).

Eu, como desconheço totalmente esta matéria, coloquei este tópico neste trabalho, porque o Mundo considera importantíssimo o Teorema de Pitágoras, mas continuemos...